A edição de dezembro da GLOSS tem uma tocante matéria sobre
“violência psicológica” nos relacionamentos. Para escrevê-la, a colaboradora Juliana Araújo mergulhou totalmente no tema. Fez longas entrevistas com mulheres que passaram por isso e com especialistas no assunto.
As histórias são bem tristes e revoltantes – mas servem de alerta pra quem está vivendo uma situação parecida buscar uma saída urgente. A violência psicológica é tão terrível quanto a violência física.
Coincidentemente, enquanto eu pesquisava sobre a violência contra a mulher para a minha primeira matéria da GLOSS (em outubro de 2008!) o país parou pra acompanhar o caso Eloá – a adolescente mantida durante três dias como refém pelo ex-namorado que, ao final, a matou e ainda tentou matar a amiga dela.
 |
Eloah tinha 15 anos |
Com esta matéria, descobri coisas assustadoras sobre violência de gênero. Por exemplo, em todo o mundo, metade dos assassinatos de mulheres é cometido pelo (ex)marido ou (ex)namorado. A chance de uma mulher morrer nas mãos do seu parceiro amoroso é maior do que de qualquer outra forma, incluindo assaltos, guerras e tudo mais.
A lei Maria da Penha foi um passo importante, mas não resolveu a questão. O problema maior a ser enfrentado agora é o preconceito imenso que a sociedade (incluindo as mulheres) tem com as vítimas de violência. Quem nunca ouviu um ”ah, ela gosta de apanhar”, “a culpa é dela, está nesta situação porque quer, se não quisesse era só separar”?
FONTE:http://gloss.abril.com.br/blog/blog-da-redacao/violencia-contra-a-mulher-preconceito-nao-ajuda-ninguem/